terça-feira, 2 de junho de 2015

Abrindo mão

Ela me disse assim:
Você não abre mão de nada!
Como assim não abro mão?
Menina, a gente vive abrindo mão...

Se ser ou não ser é a questão
Existir é abrir mão de não ser
A gente foi obrigado a nascer
E vai ter que abrir mão de viver

Logo cedo a gente abre mão
Abre mão da brincadeira
Abre mão da inocência
Abre mão de ser criança
Pra viver de adolescência

Ó menina...
Tu nem sabe como doeu
Abrir mão da utopia de ser eu
Para ser comunidade
Abrir mão do mundo meu
Para viver a realidade
Abrir mão de ser o capitão
Da minha nau da liberdade
Pra viver de suprir a falta
Que nunca chega a saciedade.

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