terça-feira, 30 de junho de 2015
Atleta
Sou atleta
Velejador que procura os bons ventos
Canoísta
Que vive a remar
E que luta para a canoa não virar
Pra chegar lá...
Nesse cotidiano voleibol
Meu saque é sempre forçado
Meu passe é meio quebrado
Muitas vezes paro no bloqueio
Mas tenho quem me de cobertura.
Sou bom mesmo é surfista
Por isso eu pego toda onda
Da marola até a mais alta
Nesse marzão dos meus pensamentos.
A vida é como aquele esporte
De não deixar a peteca cair
Ou uma corrida com barreiras
A altura do sarrafo,
a gente vai transpondo enquanto puder.
sábado, 27 de junho de 2015
Colorido
Tem um segredo que eu descobri
E eu vou te contar
A vida é um livro de colorir
E eu vou te ensinar a pintar:
Coloque cores nos teus sentimentos
E pinte pra valer
Misture todos, faça momentos
Para nunca mais esquecer
E o colorido na sua alma
Faça transparecer
Faça nos outros pintar a vontade
De querer colorir com você
Pintando o bem, pinta a felicidade
Tudo de bom vai aparecer
Pintando o bem, pinta a felicidade
E o amor vai acontecer
A vida é verde, é amarelo, é rosa
É a cor que se pintar
Azul, vermelho, ela é maravilhosa
É a pintura mais linda que há.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Dos excessos
Por excesso de apego
De tão junto
Tudo quer se soltar
Por excesso de desapego
De tão solto
Nada quer se juntar.
Não se exceda
O excesso é sobra
E a sobra não nos falta
A sobra só interessa pros outros.
De tão junto
Tudo quer se soltar
Por excesso de desapego
De tão solto
Nada quer se juntar.
Não se exceda
O excesso é sobra
E a sobra não nos falta
A sobra só interessa pros outros.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Hipóteses
Se a vida fosse um oceano,
nadaríamos enquanto pudéssemos
e morreríamos afogados.
Se a vida fosse um incêndio,
não descobriríamos como apagar o fogo.
Se a vida fosse um universo sem explicação,
acreditaríamos na melhor historia.
nadaríamos enquanto pudéssemos
e morreríamos afogados.
Se a vida fosse um incêndio,
não descobriríamos como apagar o fogo.
Se a vida fosse um universo sem explicação,
acreditaríamos na melhor historia.
domingo, 21 de junho de 2015
Pedaços de chocolate
O filósofo alemão Nietzsche nos
disse que “O destino dos seres humanos é feito de momentos felizes e não de
épocas felizes.” Imagine que Deus (entenda o seu deus), tem uma barra de
chocolate para cada um de nós. O nome desse chocolate é felicidade. Antes de
lançar o chocolate para a Terra, ele o parte em muitos pedaços, e então os
lança. Vivenciamos estar feliz no momento de encontrar um pedaço desse
chocolate, e a sensação de felicidade ou falta dela, se dá em relação ao
intervalo de tempo em que os encontramos. Pensar que devemos estar felizes a
todo instante é o principal motivo da infelicidade. Não estar feliz, não
significa estar infeliz, e aprender a estar entre esses dois polos é o segredo
para a saúde mental.
Quando as
pessoas dizem aquela famosa expressão: “O dinheiro não traz felicidade”,
atualmente, eu não posso mais concordar.
Tudo ao nosso redor parece indicar que a falta dele traz infelicidade, e
não me refiro à falta para o supérfluo, mas para as “necessidades” inventadas
pela sociedade atual. Vivemos num mundo onde cada vez mais as relações
interpessoais (não todas), são permeadas por conveniências relacionadas ao
consumo. Cada vez mais o potencial econômico reflete em satisfação social,
influenciada pelos apelos midiáticos. A mídia diz que temos que comprar pedaços
de chocolate mais caros para sermos felizes. O que a gente precisa, a gente
sabe pela falta, por não estar executando, ou estar executando mal, ou de
maneira insuficiente, algum tipo de necessidade ou tarefa. O que a mídia vende,
nem sempre é o que você precisa, por isso ela vai usar artifícios que criarão
novas necessidades para a gente, estimulando nossas vontades e manipulando
nossos desejos.
A vontade e o
desejo sempre existiram, mas hoje são moldados nas nossas cabeças desde nossas
infâncias, juntando às nossas necessidades básicas, a adequação a moda, por
exemplo, como condição de integração social. Ninguém é feliz sozinho (dizem),
então teoricamente ninguém vai querer ficar fora da moda. A vida sempre teve
motivos para as pessoas serem infelizes, mas hoje em dia, as pessoas
discriminam também pela marca da sua roupa, do seu tênis, do seu perfume, dos seus
óculos, do seu “carro” (meio de transporte) e de todo o chocolate que a
sociedade diz ser mais gostoso. A lógica de criar esse mal estar na sociedade é
tornar o consumo fonte de felicidade. Se o seu deus quebrou uma barra de
chocolate para você, ele não faria isso com um chocolate mais caro do que você
possa comprar. Ao invés de ir atrás do
chocolate que a sociedade diz que é bom, deveríamos ir atrás das coisas mais
comuns que a vida inventou há muito tempo atrás; Família, amigos, uma pessoa
para chamar de meu amor (ou várias, ou uma de cada vez) e cerveja (foi
inventada há muito tempo atrás).
A sociedade
de consumo faz parte de nossas vidas e acredito que nunca mais será diferente,
ela é a locomotiva da vida moderna. A
gente só precisa entender que as coisas que a gente compra são meios para obter
momentos felizes, não são essenciais para existência deles. Existem pessoas que
tem a competência ou a sorte de poder comprar momentos felizes com dinheiro, e
estes momentos não são menos bons do que os gratuitos, mas infelizmente não são
para todos. Mas o universo psíquico é muito complexo, e mesmo uma pessoa que
possa comprar momentos felizes todos os dias, pode não ter equilíbrio psíquico,
e estar subindo e descendo constantemente entre os dois polos da felicidade. A
luta pela conquista do momento feliz equilibra a balança, além do mais, a
conquista do momento feliz pode prover um prazer inesperado e mais gratificante
do que o do comprado na prateleira.
O segredo, quem
sabe, esteja em buscar sua satisfação pessoal, sem criar parâmetros em relação
ao que parece trazer mais satisfação para os outros. Tem pessoas que gostam de
comer fígado de boi, eu não posso colocar na minha boca. Com certeza o gosto do
chocolate muda de boca em
boca. Aliás, o gosto é
o mesmo, mas a reação dentro da sua cabeça é que muda. Então eu posso garantir pra
você, que a felicidade está na maneira de sentir o gosto das coisas. Eu nunca
comi caviar, e apesar de as pessoas darem muito valor a essa iguaria,
dificilmente ela vai ser mais gostosa do que a picanha, suculenta e mal passada
que eu comi hoje no almoço. Os pedaços de chocolate têm o mesmo gosto, a
felicidade tem o mesmo gosto, querer comprar o chocolate mais caro, confunde
seu paladar, e a vida vai parecer amarga. Eu aprendi a não sentir o gosto de
acordo com o valor das coisas, eu aprendi a dar valor ao gosto das coisas de
pequeno valor.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
Passatempo
O tempo que antecede
Ele mesmo que vem depois
Que me faz sair correndo
Na pressa do meu atraso
Depois me deixa parado
Até voltar ao seu compasso.
O tempo do de repente
Ele mesmo que fica tarde
O tempo que é agora
E que num instante já é o de antes
E qua não deixou de ser o de daqui a pouco
Esse tempo que é passado
O que ainda vai passar
E é esse que está passando.
O tempo é um trem passando
Por alguns ele passa rápido
Por outros nem tanto
A locomotiva vem e te traz a luz
O último vagão passa e te deixa escuridão
Nós somos postes que costeiam a ferrovia
O universo, uma estrada de ferro.
terça-feira, 16 de junho de 2015
Tato
Pense na mãe que toca pela última vez o rosto do filho,
porque alguém tateou seu dedo num gatilho.
Pense no toque agudo da sirene da ambulância,
a caminho do retrato de mais uma ignorância.
Se o homem tivesse mais tato,
a realidade não bateria com tanta força.
A gente devia tocar com mais calma,
o pé no acelerador.
A gente devia tocar bem menos,
a porcaria no ventilador.
A gente devia tocar todo tipo de lixo na lixeira,
e tocar bem mais no assunto que está escrito na bandeira.
Escrever um texto que fala de amor,
não é o suficiente para tocar no coração de todo mundo.
Mas eu aqui vou tocando meus dedos no teclado
para pedir mais tato para a sociedade.
Mais tato para quem pode tocar mais alto.
domingo, 14 de junho de 2015
Verdadeiros amigos
As vezes na vida da gente
O tempo fica feio de repente
E a ventania começa a bater as portas.
Nessas horas que a gente vê
Com quantas mãos podemos contar
Para segurar as pontas.
sábado, 13 de junho de 2015
"Se pechando"
Sabem por que eu gosto de poesia? Porque ela está em todo lugar, o tempo todo.
Esses tempos "me pechei" com um velho amigo...
E aí?
Quanto tempo?
O tempo pra ti não passa?
Ainda com cara de guri novo!
Pois é!
O segredo é aproveitar o tempo
Dai envelhecer não é estorvo.
Ainda com mania de poeta?
Achei que ia me contar de um sonho novo.
E essa barriguinha,
tu não era atleta?
Deve estar no mesmo fogão velho,
comendo pão com ovo!
Tu tá certo!
A carcaça vai envelhecendo,
mas meu motor ainda é novo.
Aparece qualquer dia!
Só porque a estância é a velha,
tu esquece do teu povo?
Pode deixar meu amigo,
bom te ver de novo.
Esses tempos "me pechei" com um velho amigo...
E aí?
Quanto tempo?
O tempo pra ti não passa?
Ainda com cara de guri novo!
Pois é!
O segredo é aproveitar o tempo
Dai envelhecer não é estorvo.
Ainda com mania de poeta?
Achei que ia me contar de um sonho novo.
E essa barriguinha,
tu não era atleta?
Deve estar no mesmo fogão velho,
comendo pão com ovo!
Tu tá certo!
A carcaça vai envelhecendo,
mas meu motor ainda é novo.
Aparece qualquer dia!
Só porque a estância é a velha,
tu esquece do teu povo?
Pode deixar meu amigo,
bom te ver de novo.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Dia dos namorados
Nesse dia dos namorados, feliz daquele que encontrou alguém para dizer um simples...
"Eu te amo"
Eu te amo.
Não posso inventar palavras,
muito menos um novo sentimento.
E quando falo para ti
Estou ouvindo meu coração
Traduzindo batimentos
Perdoe minha repetição
E essa falta de argumentos.
Mas um coração apaixonado
Não liga para gramática
Se no português for reprovado,
o que lhe importa é a matemática.
E na matemática do amor
Somando eu e você somos um só
E divididos por falsas razões
Sem você,
não sou nem um.
"Eu te amo"
Eu te amo.
Não posso inventar palavras,
muito menos um novo sentimento.
E quando falo para ti
Estou ouvindo meu coração
Traduzindo batimentos
Perdoe minha repetição
E essa falta de argumentos.
Mas um coração apaixonado
Não liga para gramática
Se no português for reprovado,
o que lhe importa é a matemática.
E na matemática do amor
Somando eu e você somos um só
E divididos por falsas razões
Sem você,
não sou nem um.
terça-feira, 9 de junho de 2015
Noturno
Produtos da noite,
meus pensamentos mais lentos...
Daquele sono que não se dorme, sabe?
Noite de pernas inquietas.
Não sei se aguento o programa
Ou entro no baú do Quintana
Não sei se durmo de cuecas
Ou ponho meu pijama.
São essas noites
Quase frias,
de cobre e descobre.
Elas não são para serem dormidas.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Dos aprendizados
Aprendi sobre pessoas
Pessoas são imprevisíveis
Tive que aprender a não viver de sonhos
Aprendi a separar os improváveis
Dos agora impossíveis.
Aprendi a dar um nó em cada ponto
Aprendi a pechinchar desconto
Aprendi o que esperar do outro
Aprendi a dar valor ao pouco
Aprendi a não socar o vento
Aprendi a dar tempo ao tempo.
Um pouco de psicanálise
O uso correto da crase
Aprendi a fazer rima
Aprendi a apreciar um "chima"
Aprendi a desapegar
E a usar protetor solar.
Pessoas são imprevisíveis
Tive que aprender a não viver de sonhos
Aprendi a separar os improváveis
Dos agora impossíveis.
Aprendi a dar um nó em cada ponto
Aprendi a pechinchar desconto
Aprendi o que esperar do outro
Aprendi a dar valor ao pouco
Aprendi a não socar o vento
Aprendi a dar tempo ao tempo.
Um pouco de psicanálise
O uso correto da crase
Aprendi a fazer rima
Aprendi a apreciar um "chima"
Aprendi a desapegar
E a usar protetor solar.
sábado, 6 de junho de 2015
Dos enganos
Acreditando em falsas verdades
As pessoas mentem sem querer
Quantos bondes por aí passam
E a gente embarca sem saber
A maioria das verdades
Uma imaginação que fez nascer.
E esse mundo de aparência que propaga a falsidade?
Eu entendo...
Você acredita na mentira mais bonita
Só por causa da feiura da verdade!
Existem mentiras muito bem vestidas
Bordejando pela cidade...
E quando passam, te desejam boa tarde!
As pessoas mentem sem querer
Quantos bondes por aí passam
E a gente embarca sem saber
A maioria das verdades
Uma imaginação que fez nascer.
E esse mundo de aparência que propaga a falsidade?
Eu entendo...
Você acredita na mentira mais bonita
Só por causa da feiura da verdade!
Existem mentiras muito bem vestidas
Bordejando pela cidade...
E quando passam, te desejam boa tarde!
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Uma folga
Hoje eu quero ficar de bobeira
Com os pés sem meias
Sem celular, sem carteira
Quero ficar com você.
Você tem uma paz que me invade
Um sabor de felicidade
Só por essa tarde
Quero ficar com você.
Para quebrar o silencio
Só a nossa voz
Ou um passarinho
Cantando pra nós
Deixando a vida passar
Só por essa tarde...
Vamos pegar essa folga?
Por todo resto no mudo
Um "stand by" desse mundo
Vamos relaxar!
Eu trouxe a passagem
Na mente a nossa viagem
E se alguém nos procurar
Deixe recado
Amanha volto animado
Por ter folgado com você.
Com os pés sem meias
Sem celular, sem carteira
Quero ficar com você.
Você tem uma paz que me invade
Um sabor de felicidade
Só por essa tarde
Quero ficar com você.
Para quebrar o silencio
Só a nossa voz
Ou um passarinho
Cantando pra nós
Deixando a vida passar
Só por essa tarde...
Vamos pegar essa folga?
Por todo resto no mudo
Um "stand by" desse mundo
Vamos relaxar!
Eu trouxe a passagem
Na mente a nossa viagem
E se alguém nos procurar
Deixe recado
Amanha volto animado
Por ter folgado com você.
terça-feira, 2 de junho de 2015
Abrindo mão
Ela me disse assim:
Você não abre mão de nada!
Como assim não abro mão?
Menina, a gente vive abrindo mão...
Você não abre mão de nada!
Como assim não abro mão?
Menina, a gente vive abrindo mão...
Se ser ou não ser é a questão
Existir é abrir mão de não ser
A gente foi obrigado a nascer
E vai ter que abrir mão de viver
Existir é abrir mão de não ser
A gente foi obrigado a nascer
E vai ter que abrir mão de viver
Logo cedo a gente abre mão
Abre mão da brincadeira
Abre mão da inocência
Abre mão de ser criança
Pra viver de adolescência
Abre mão da brincadeira
Abre mão da inocência
Abre mão de ser criança
Pra viver de adolescência
Ó menina...
Tu nem sabe como doeu
Abrir mão da utopia de ser eu
Para ser comunidade
Abrir mão do mundo meu
Para viver a realidade
Tu nem sabe como doeu
Abrir mão da utopia de ser eu
Para ser comunidade
Abrir mão do mundo meu
Para viver a realidade
Abrir mão de ser o capitão
Da minha nau da liberdade
Pra viver de suprir a falta
Que nunca chega a saciedade.
Pra viver de suprir a falta
Que nunca chega a saciedade.
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