Às vezes enche tanto
Até a tampa
Subo correndo meus andares
Buscando qualquer saída de emergência
Mas ela às obstrui
Usando qualquer bugiganga fofocada
Pensamentos em parafuso
As ideias como um elevador enguiçado
Escuto a sirene
Nos corredores já há fumaça
E eu não vejo nenhuma luz
De porta em porta trancada
Desisto!
Fujo de mim e levo ela junto
Estilhaçando a vidraça
Estamos novamente em queda livre
Rumo a desgraça
Lá embaixo
Na calçada os outros olham
Perplexos, a nossa sujeira
Nos desmanchamos outra vez
E por besteira.
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