sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Dos incômodos

É esta frequência que me tira do ar
É esta coceira que não dá pra coçar
Uma chuva que chove e não molha
É o inicio do fim da historia.

É uma mancha na lente
É um feijão no dente
É a aula à noite na sexta
É a mordida na tampa da caneta.

É uma conversa chata
É uma cerveja quente
É uma cãibra no pé
É gente muito exigente.

É uma saudade, uma agonia, uma dor
Dois por cento de bateria
Sem carregador.

É um religioso, um ateu, um gremista doente
É gente que comeu
E fica palitando os dentes.

É uma gripe, uma febre, é o despertador
Chutar com o dedo mindinho
O aparador.

Eu mesmo, minha mente, meu incômodo ser
Essas coisas que a gente sente
E nem sabe como dizer.

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